Hoje, em Alhandra, Afonso de Albuquerque foi duplamente evocado e homenageado na sua terra natal, numa iniciativa da Junta de Freguesia daquela vila ribatejana: primeiro, através de inauguração de
uma pintura mural; depois, através da realização de uma conferência.
A obra, denominada «Portugal no Mundo de Afonso de Albuquerque», está situada na Rua Augusto Marcelino Chamusco (perto
do rio Tejo) e é o resultado do trabalho criativo do artista Vile (Rodrigo
Nunes). Porém, comporta também uma placa com um texto que, a pedido de Mário Cantiga, Presidente da JFA, eu redigi, e que inclui um excerto de uma
carta do grande conquistador ao Rei D. Manuel I: «Afonso de Albuquerque/Alhandra, 1453 - Goa,
1515/Soldado, marinheiro, diplomata, Vice-Rei da Índia/”Terrível”, “Marte Português”, “Leão dos
Mares”, “César do Oriente”/”... Apontar os perigos contínuos da guerra e
percalços dela (...), andar nesse mar pegado em uma tábua; e se atrás quisesse
tornar, revolvendo os anos passados, que passam de trinta e oito que comecei de
tomar armas, sempre me acharia em todos os trabalhos e serviços do Reino...”»
A conferência, intitulada «Conversas com
a História», que teve lugar na sede da CURPIFA- Comissão Unitária de
Reformados, Pensionistas e Idosos da Freguesia de Alhandra (Rua Miguel Bombarda,
32), teve como oradores convidados Luísa Timóteo, da Associação Coração em Malaca, e Luís Farinha Franco, da
Biblioteca Nacional de Portugal; ambos já haviam participado no
colóquio «Afonso de Albuquerque, 500 anos depois – Memória e Materialidade»,
iniciativa por mim concebida e co-organizada, realizada em Dezembro de 2015 na
BNP, no Palácio da Independência e no Arquivo Nacional Torre do Tombo.
Este evento local, que decorreu sob o
lema «Partilhar memórias», teve contudo um enquadramento nacional e mesmo
internacional, dado pelas Jornadas Europeias do Património, que decorreram em
Portugal e no Velho Continente neste fim-de-semana de 28, 29 e 30 de Setembro,
e isto quando 2018 foi designado «Ano Europeu do Património Cultural».
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